Centros, acumuladores e energia

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A energia primordial chega até nós pela ingestão de nossos alimentos. Então é separada para o propósito de assimilação em seus constituintes básicos. De outra forma, recebemos os elementos ativos, passivos e neutros. Essas energias são então distribuídas entre os três níveis: o orgânico, emocional superior e intelectual superior.

Porém, a grande maioria da humanidade vive quase exclusivamente no nível orgânico. Isso ocorre pela falta de interconexão entre os centros e pela ausência de conexão entre o nível orgânico e os níveis superiores. Portanto, somente um pequeno reflexo de sua verdadeira vida emocional e intelectual lhe é disponível.

Apenas sua parte orgânica, ou seja, seu corpo planetário (com seus níveis físico, emocional e mental) é capaz de receber a parcela da energia vital a que tem direito.

Os centros e suas funções

É mais difícil notar de onde saiu o pensamento, a emoção ou a ação instintiva. Assim como é difícil separar completamente uma função da outra. Mas isso não é o mais relevante inicialmente. O que mais interessa é capturar essas associações. Tais associações de pensamento-emoção-reação instinto revelam a nossa mecanicidade e a incapacidade de ser livre para agir. Ao mesmo tempo, são esses choques de realidade que nos impulsionam para a evolução. Afinal, a nossa verdade interior é revelada. Sem ilusões e fantasias.

Consciência Objetiva e autoconsciência – o objetivo da consciência

Imagem de Duncan Nelson por Pixabay

Autoconsciência não pode ser entendida como um simples conhecer a si. Na verdade, é sobre conhecer a si como você realmente é. Afinal, o conhecer a si vem antes de transformar a si. Logo, conhecer a si é saber o quanto e quando está preso em ilusões, sonhos, fantasias, melodramas, histórias repetitivas de um passado ou de imaginações. Também é entender quando não está nesse estado e sim diante de sua realidade verdadeira.

Sono e sonhos, o que isso revela sobre você?

sono

Gurdjieff dizia que uma pessoa que realizou o seu trabalho de forma consciente irá receber o sono dos justos como pagamento. Cabe notar que o mesmo é dito popularmente: “durma com a sua consciência”, ou, “quero ver quando você botar a sua cabeça no travesseiro”. Afinal, por que tantas coisas emergem no momento em que vamos dormir? O centro que represa o conteúdo desconectou. Com isso conteúdos reprimidos podem agora emergir.

Conhecer a estrutura do ser humano é fundamental para o Trabalho

Apesar de soar complexo, devemos acreditar que já temos em nós todas as faculdades e pré programações que nos permitem realizar essa tarefa. A capacidade de aprender sobre si é tão orgânica e instintiva quanto respirar. Isso não significa que é fácil. Sim, exige sacrifícios, dedicação, tempo e esforço. Porém, é inata, possível a qualquer um que dela queira fazer uso.

Quanto mais conseguimos observar toda essa teoria acontecendo em nós mesmos, mais se adquire uma verdadeira compreensão.

Conheça as duas naturezas do ser

Qual a sua natureza?

Possuímos duas naturezas.  Isso é uma verdade que pode ser facilmente observada. Além que não exige muito esforço e nem entendimento para poder enxergar essa realidade. A primeira natureza é pessoal, uma natureza individual. Podemos acessar essa natureza individual por nossos órgãos de percepção. Ao mesmo tempo, é uma realidade orgânica e psíquica. A segunda … Ler mais

O lado negativo do Trabalho não deve anular o seu lado positivo

Quando nos propomos a trabalhar o nosso ser, estamos fazendo um compromisso em se submeter a sofrimentos desnecessários à vida. Temos que aprender a enxergar nossas sombras. Toda a incoerência que habita a nossa alma. Vemos que não somos tão bonzinhos e também nem tão malvados como gostaríamos de ser.  Vamos ver que nadamos em … Ler mais

Associações e pensamentos, você vive a vida ou ela que vive você

Outra grande dificuldade que temos é enxergar que esse “eu que reage” não é o mesmo que reagiu a um dia atrás. Talvez nem mesmo o que reagiu a 30 minutos atrás. Isso torna a auto-observação ainda mais difícil. Afinal, o fenômeno da constante troca de “eus”, que assume o posto de “rei do comando”, cria uma falsa impressão de que somos livres em tomar as nossas decisões. Há uma falsa imagem de que podemos fazer, escolher como e quando reagir a uma determinada condição. No entanto, a observação de quando reagimos de forma diferente precisa estar totalmente ancorada com o momento interior. Caso contrário, não se nota que a reação diferente foi mero acaso das trocas de “eus” que assumem o comando.