Amortecedores, imagem e imaginação – Parte 3

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O ser humano está sempre a esquecer de si. No entanto, nosso cérebro não aceita buracos na memória. Assim, tudo que não é lembrado como realmente aconteceu será então imaginado. A imaginação é o maior alimento para os amortecedores psicológicos. Afinal, é mais doce e suave viver a imaginar sua própria fantasia que enfrentar a realidade. Mesmo que essa fantasia seja triste, melancólica e depressiva. Afinal, o que mais fazemos em nossas vidas é manter-se identificados com nossos padrões e complexos. Tudo em nome de um “auto-amor” e uma eterna auto-pena (comiseração, desgosto, martírio, clemência, compadecimento, compaixão, condoimento e condolência por si). Claro, todos nós nos achamos especiais. Até o nosso sofrimento é exclusivo, único e especial. E o que mais amamos acima de tudo é o nosso sofrimento. Contudo, a razão para isso vem por acreditar que tudo que lhe ocorre é sua culpa e responsabilidade.

Obstáculos para o despertar – Parte 1

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Não há necessidade de nenhum despertar além do sono biológico restaurador para estar na vida. Não há necessidade de um despertar de consciência. Mesmo que eventualmente aconteça de uma pessoa sentir uma vontade de buscar um segundo despertar, dificilmente terá forças suficientes para realizar isso. Não há vontade suficiente de ser. Isso somente será possível quando influências externas e especiais chegam a essa pessoa. E este segundo despertar tem somente a ver com a vida de seu interior. Em outras palavras, de um mundo totalmente diferente do mundo externo do dia a dia. Assim, é preciso haver vontade interior de ser para um dia receber as influências certas que lhe trarão a um segundo nascimento (como muitas tradições descrevem).

Sacrifício, o preço que se paga

Laurent de La Hire Pintor barroco francês (1606-1656)

Tudo tem um preço na vida. Não há almoço grátis. Tudo que existe está servindo a algum propósito maior ou menor. Por isso, evoluir exige um pagamento também. E este pagamento se faz com sacrifício. Este é um consenso bastante antigo e presente em praticamente todas as religiões. A questão é: sacrificar quem, ou melhor, … Ler mais

Consideração interior e consideração exterior

woman and man sitting on brown wooden bench

Gurdjieff foi famoso por criar e reinventar vários termos para explicar o trabalho sobre si. Ele dizia que tomamos tudo de uma forma tão automática que não mais avaliamos adequadamente as palavras antes de usá-las. Várias são as palavras, frases e termos criados ou usados de forma específica por ele. Entre essas está o entendimento de consideração interior e consideração exterior.