Quarto Caminho ou quatro funções psicológicas?

Quarto caminho ou quatro funções psiquicas

Neste artigo, continuamos a explorar as ideias e teorias de dois grandes pensadores do século XX: Carl Gustav Jung e Georges Ivanovich Gurdjieff. Jung, um psiquiatra e psicólogo suíço, é mais conhecido por seus conceitos de arquétipos, inconsciente coletivo e tipologia psicológica. Gurdjieff, por outro lado, foi um místico e mestre espiritual russo-armênio, cujos ensinamentos tratavam principalmente do desenvolvimento do ser humano e da busca pela consciência superior. Embora suas teorias e abordagens possam parecer distintas, há pontos de convergência e divergência que valem a pena investigar. Nesta análise comparativa, continuamos a identificar e discutir as semelhanças e diferenças entre as propostas de Jung e Gurdjieff, oferecendo uma perspectiva única sobre as contribuições desses dois gigantes intelectuais no campo do desenvolvimento humano e da espiritualidade

Psicologia e espiritualidade na perspectiva de Carl Jung e Gurdjieff

Apesar de suas diferenças, Jung e Gurdjieff compartilhavam uma compreensão profunda da psique humana e sua relação com o mundo espiritual. Ambos acreditavam que a jornada espiritual era uma jornada interior, e que o autoconhecimento era fundamental para alcançar a iluminação. Mas entre Carl Jung e Gurdjieff, quem pode nos dar melhores respostas?

O hábito que faz o monge

auto sacrifício

Qualquer pessoa que inicia em uma atividade é um discípulo. A raiz dessa palavra tem o mesmo significado de disciplina. Também significa aprendiz. Ou seja, discípulo é aquele que se sujeita a um método de uma escola e de seus professores para aprender algo pela disciplina. Portanto, será o hábito que faz o monge. Nesse caso, o hábito não significa as vestimentas do monge e sim todo o conjunto de disciplinas e práticas habituais que o monge se sujeita diariamente.

Comer ou ser comido, eis a questão

Se vamos digerir algo é porque comemos algo. Algo nos alimentou. Logo, algo se tornou alimento. Contudo esse algo foi antes de mais nada alimentado por outro. Assim, desde o princípio dos tempos, existe um processo de transformação e transferência das substâncias que vão formando novos corpos. Então, tudo vai ser transformando e aos poucos transmutando.
Mas todo processo de se alimentar representa um certo grau antropofagico. Mesmo um vegetariano está a se alimentar dos mesmos elementos que compõem o seu próprio corpo. Da mesma forma, como seres vivos necessitamos de alimentos que também possuem um certo grau de vida. Não podemos simplesmente comer minerais e tomar banho de luz. Temos de comer certos seres que já absorveram um determinado nível de transformação e transmutação.

As associações que lhe moldam

Giuseppe Arcimboldo

 Um dos melhores conceitos que aprendi com os ensinamentos de Gurdjieff é sobre o conceito dos alimentos e os corpos. Cada um de nossos três corpos necessitam de um tipo diferente de alimento. O corpo físico do alimento físico, ou seja, comida e líquidos. Enquanto o segundo alimento é o ar. Não é o simples … Ler mais

Além da vida orgânica, morte e vida

Quando entendemos nossa localização na escala cósmica, logo virá a pergunta: o que nos espera além da vida orgânica? A força da vida busca uma evolução constante. O ser humano possui uma psique que vai além das funções básicas necessárias para sobrevivência. Contudo, este é o legado da cultura humana. Com todas suas qualidades e seus defeitos. Afinal, é o patrimônio que nos distingue dos demais animais. Cada indivíduo contribui com essa construção ao seu modo e dentro de seu tempo. Porém, se a vida orgânica sobrevive a morte pela ação de copiar e colar, pode o indivíduo sobrevier também a morte?

Vida orgânica e a escala cósmica

Imagem de Gordon Johnson por Pixabay

A nossa localização na escala cósmica começa inevitavelmente na vida orgânica. Somos seres vivos e de base orgânica. Isso significa que fazemos parte de uma escala que exige certas condições especiais. Além disso, possui suas próprias características. Os astros, planetas e sois de todo o universo observável seguem regras matemáticas e leis físicas para surgirem. No entanto, não há uma lei matemática para o surgimento da vida orgânica. O motivo de sua existência é um grande mistério.

A escala cósmica e a sua relação com o universo

colisão de galáxias

A treze bilhões de anos atrás nada existia no universo que habitamos. Nada além do nada, do completo vazio. Então desse nada surge algo do tamanho de uma bola de futebol com todo o conteúdo do universo. Toda essa energia se expande em uma velocidade incrível ionizando esse campo vazio. Dessas partículas e nuvens surge … Ler mais

Essência e personalidade, você sabe diferenciar?

Imagem de silviarita por Pixabay

Estamos divididos em duas partes. Uma parte contém o que nascemos. Assim, contém a semente das qualidades que nos pertencem por direito. Nossas capacidades, nossas incapacidades e tudo o que nos foi dado como nosso. Dessa forma, chamamos isso de nossa “essência”. Outrossim, Gurdjieff utiliza esse conceito dentro de seu significado original. A essência, quase inteiramente potencial no nascimento, desenvolve-se até certo ponto. Depois, se torna o que também chamamos de “ser” do indivíduo. Seu ser interior, o núcleo de sua “individualidade”. Portanto, é o desenvolvimento de nosso ser real que ocorre na medida que desenvolvemos. Assim, a essência corresponde em grau à nossa experiência da realidade no mundo. Por esse fato, é quase inteiramente real. Porém, devemos ater ao fato que a essência ainda contém um potencial não realizado.

O Centro emocional e a função sentimento

Imagem de Gino Crescoli por Pixabay

O centro emocional é o maior motivador de nossas ações. Basta notar o seu nível de energia ao realizar algo que goste e sinta motivado quando comparado com realizar algo que não gosta e está totalmente desmotivado. O corpo somente se mobiliza para satisfazer suas necessidades instintivas. Por outro lado, o centro mental se perde facilmente entre as infinitas possibilidades e conexões. Porém, o centro emocional é o único capaz de te conectar e desbloquear as forças necessárias para realizar superesforços. No artigo da semana passada aprofundamos sobre o centro intelectual e você pode ler aqui. Agora vamos aprofundar no estudo do centro emocional.