Vigiai e orai, ou morra como um cão – O estado de Vigília

Não lembramos o que somos. Estamos sempre a esquecer. O passado tem mais importância que o presente. A ausência de lembrança de si, identificação total com o que acontece exteriormente, oposição às pessoas e circunstâncias, imaginação falaciosa e fantástica sobre si são os alimentos a uma colossal vaidade.

Autoimagem e atenção: os problemas da auto-observação

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A auto-observação começa pelo esforço de lutar contra a total identificação da atenção aos hábitos que nos fazem parecer o que imaginamos ser. Inicialmente é uma luta inglória, pois é inútil tentar alterar qualquer coisa no atual momento. Por muito tempo não seremos capazes de mudar o que somos. E observar os mesmos comportamentos compulsivos demanda energia. É tedioso e cansativo. A atenção se esvai, é roubada pelos objetos, devaneios da mente, pela fuga do tédio. Por isso, devemos nos esforçar em criar uma segunda atenção. Essa é a atenção livre que não participa ativamente além do fato de registrar o que somos, como agimos, como nos sentimos, como colocamos nossos corpos, em quais posições, qual o nosso tom de voz, e por aí vai.

Personalidade e níveis de consciência, uma espiral dinâmica

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Graves coloca que nosso estágio de consciência é fruto da interação de duas forças. A primeira força pelas condições de vida. A segunda força vem do próprio sistema cognitivo humano, nossa mente e capacidade cerebral. Da mesma maneira podemos dizer que o estágio de consciência é uma terceira força reconciliadora entre as demais duas forças presentes em nossa realidade. Ao mesmo tempo, cada estágio de consciência está associado a uma visão de mundo e a um sistema de valores.