Corpo, essência e personalidade – parte 2

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No início da vida, o ser humano é corpo e essência. A personalidade ainda é potencial e sem forma. Por isso a criança se comporta como realmente é. Seus desejos, seus gostos, o que gosta e o que não gosta expressam seu ser tal como é. Além disso, a personalidade começa a crescer assim que surge a necessidade de enfrentar a vida. Sobretudo, a personalidade é formada em parte por influências externas intencionais. Disso chamamos de educação, seja essa educação formal ou informal. Outra parte se forma pela imitação involuntária de adultos pela própria criança. Ainda há outra parte formada pela “resistência” da criança ao que está ao seu redor. Acima de tudo, pelos esforços para proteger sua essência. Mesmo que para tanto tenha de disfarçar, se necessário, sobre o que sente ser seu verdadeiro eu. Sobre o que é real em si.

Essência e personalidade, você sabe diferenciar?

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Estamos divididos em duas partes. Uma parte contém o que nascemos. Assim, contém a semente das qualidades que nos pertencem por direito. Nossas capacidades, nossas incapacidades e tudo o que nos foi dado como nosso. Dessa forma, chamamos isso de nossa “essência”. Outrossim, Gurdjieff utiliza esse conceito dentro de seu significado original. A essência, quase inteiramente potencial no nascimento, desenvolve-se até certo ponto. Depois, se torna o que também chamamos de “ser” do indivíduo. Seu ser interior, o núcleo de sua “individualidade”. Portanto, é o desenvolvimento de nosso ser real que ocorre na medida que desenvolvemos. Assim, a essência corresponde em grau à nossa experiência da realidade no mundo. Por esse fato, é quase inteiramente real. Porém, devemos ater ao fato que a essência ainda contém um potencial não realizado.

O centro sexual e a função criatividade

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O centro sexual traz muito mais sutileza, acuidade e velocidade às percepções sensoriais, impressões e funções. Isso ocorre graças à boa qualidade da energia que utiliza. Também é claro que a realização sexual que conduz à reprodução da vida é a realização culminante de toda a atividade orgânica do ser humano. Mas isso não exclui a possibilidade que essa mesma energia sexual, a mais fina e mais ativa das energias disponíveis a uma pessoa, somente sirva para a reprodução da vida orgânica. Do ponto de vista do desenvolvimento superior do ser humano, a energia sexual também serve para a realização de uma ordem de vida superior. Essa energia proporciona um novo nascimento, a abertura de um outro nível de vida. E isso só pode acontecer a partir de uma energia dessa qualidade. Contudo, de tudo o que há de energia “criativa” em uma pessoa.

O centro instintivo e a função do controle da vida

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O aprofundamento do conhecimento e o domínio do centro instintivo são possíveis por meio de exercícios especiais. Alguns podem ser difíceis e perigosos. Outros métodos são mais seguros. Seguidos em certas disciplinas, podem fazer parte de um caminho de evolução. Todavia, não é necessário tal conhecimento além de um certo nível indispensável para o funcionamento harmonioso do organismo. Precisamos interferir pouco no centro instintivo para realizar o desenvolvimento das partes superiores do ser humano.