Posso te ajudar?

Ajudar e ser ajudado

Ajudar é a mais nobre ação humana. Também é um grande diferencial evolucionário. Não foram os animais mais fortes que sobreviveram. Entretanto os mais adaptados. Assim, a capacidade de colaboração, aliada a compaixão, faz com que o ser humano se disponha para ajudar, mesmo perante aquele que ele não conhece. Esse é o tema do Ponto 2 do Eneagrama.

É preciso ser o melhor para vencer

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O Ponto 3 no Eneagrama representa o ato heroico, o herói e heroína que realiza sua melhor versão a cada ciclo de suas oitavas pelo Eneagrama. Em outras palavras, ninguém consegue realizar nada em sua vida, principalmente em sua vida psicológica e espiritual, se não tiver dentro de si sua própria imagem de herói. Essa força não se identifica com o “status quo” de sua atual situação. Não se conforma ao sentimento de derrota. Ao contrário, fará o que for necessário para alterar o que precisar e vencer esse desafio. Sua força vem do desejo de vencer e conquistar o que não se tem neste momento: a sua própria alma.

Sou incompleto, e isso é ruim?

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Conforme caminhamos no raio da criação pelo Eneagrama, chegamos no abismo que separa o Ponto 5 do Ponto 4. Tal abismo é angustiante. Não há razão ou lógica que faça vencer tal obstáculo. Ainda mais, o que lhe traz ao fundo desse abismo é justamente a compreensão da atual realidade em que se vive. Em outras palavras, esse abismo, como diz Gurdjieff, é a compreensão do verdadeiro “terror da situação” do ser humano. Impossível tal terror não recair sobre aquele que percebe o tão distante estamos da Fonte de emanação Divina. O quão falso e mecânico é a vida orgânica. Uma simples máquina de repetir comportamentos. Contudo, há aqui uma importante mudança de polos: uma mudança do centro do pensamento para o centro emocional.

Saber é poder

Na nossa jornada pelo raio da criação pelo Eneagrama, encontramos no Ponto 6 o “perigo”, o risco de existir. Também a percepção de que somos responsáveis pelas escolhas que fazemos em nosso processo de cocriação. Haverá sempre riscos, incertezas e medos em todas as escolhas que fazemos. No entanto, o domínio do saber oferece segurança. Logo, quem domina o saber também possui poder. Assim, conhecimento torna-se um valor no universo. Portanto, esse é o tema do Ponto 5 do Eneagrama.

Perigo adiante!

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Viver é estar em constante perigo! Tudo que fazemos tem consequências. O mundo segue a lei da causa e consequências. Para cada ação haverá uma reação, de força igual e contrária. Mesmo quando trazemos a Força 3 para a equação, ou seja, quando buscamos a harmonia, ainda assim uma escolha foi feita. Da mesma forma, para cada escolha haverá uma renúncia de muitas outras escolhas. E como saber que fizemos as escolhas certas? Esse é o dilema do Ponto 6 do Eneagrama.

A grande força da Criatividade

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O Ponto 7 no Eneagrama, pela lei de três, deve reconciliar as tensões existentes entre o Ponto 9 (não existência) e o Ponto 8 (existência). Assim, o que pode trazer resolução para este conflito e tensão? Além disso, que resolva tal tensão mantendo o propósito e objetivo do raio da criação? A força que tem o poder de fazer isso é a força da criatividade. Somente a criatividade pode encontrar soluções fora do campo de tensões.

No começo era o nada

Este é o verdadeiro princípio da essência no ponto 9 do Eneagrama. Assim como é a verdadeira personalidade de quem neste ponto cristaliza no processo de crescimento. Como iremos ver ao longo dos próximos artigos, cada ponto do Eneagrama representa uma história dentro do raio da criação. O motivo pelo qual a personalidade se cristaliza em um ponto e não em outro não é totalmente conhecido. Pode-se especular que isso se deve a missão de vida de cada um. Porém, pode ser simplesmente por questões hereditárias e genéticas. O fato é que existe uma distribuição equalitária entre os tipos de personalidade ao longo do Eneagrama. É como se a própria personalidade também tivesse de obedecer a uma lei universal da qual tudo se desdobra em um processo de nove partes (ninefoldness).

Personalidade e essência no Eneagrama

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A essência é algo indivisível e faz parte dessa grande escala cósmica. É a partir dessa essência que personalidade se desdobra como um reflexo exterior. É como se a essência da árvore fosse sua semente. Dela nasce caule e raiz. Será essas raízes e caule que darão a estrutura para a personalidade que nesse exemplo são suas folhas, flores e frutos. Na verdade, neste exemplo não há uma divisão entre essência e personalidade. Contudo, imagine essa mesma semente crescendo em um vaso suspenso. O crescimento dessa semente estará limitado ao espaço confinado do vaso. É exatamente o que a falsa personalidade faz.

O hábito que faz o monge

auto sacrifício

Qualquer pessoa que inicia em uma atividade é um discípulo. A raiz dessa palavra tem o mesmo significado de disciplina. Também significa aprendiz. Ou seja, discípulo é aquele que se sujeita a um método de uma escola e de seus professores para aprender algo pela disciplina. Portanto, será o hábito que faz o monge. Nesse caso, o hábito não significa as vestimentas do monge e sim todo o conjunto de disciplinas e práticas habituais que o monge se sujeita diariamente.