A grande força da Criatividade

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

O Ponto 7 no Eneagrama, pela lei de três, deve reconciliar as tensões existentes entre o Ponto 9 (não existência) e o Ponto 8 (existência). Assim, o que pode trazer resolução para este conflito e tensão? Além disso, que resolva tal tensão mantendo o propósito e objetivo do raio da criação? A força que tem o poder de fazer isso é a força da criatividade. Somente a criatividade pode encontrar soluções fora do campo de tensões.

No começo era o nada

Este é o verdadeiro princípio da essência no ponto 9 do Eneagrama. Assim como é a verdadeira personalidade de quem neste ponto cristaliza no processo de crescimento. Como iremos ver ao longo dos próximos artigos, cada ponto do Eneagrama representa uma história dentro do raio da criação. O motivo pelo qual a personalidade se cristaliza em um ponto e não em outro não é totalmente conhecido. Pode-se especular que isso se deve a missão de vida de cada um. Porém, pode ser simplesmente por questões hereditárias e genéticas. O fato é que existe uma distribuição equalitária entre os tipos de personalidade ao longo do Eneagrama. É como se a própria personalidade também tivesse de obedecer a uma lei universal da qual tudo se desdobra em um processo de nove partes (ninefoldness).

O hábito que faz o monge

auto sacrifício

Qualquer pessoa que inicia em uma atividade é um discípulo. A raiz dessa palavra tem o mesmo significado de disciplina. Também significa aprendiz. Ou seja, discípulo é aquele que se sujeita a um método de uma escola e de seus professores para aprender algo pela disciplina. Portanto, será o hábito que faz o monge. Nesse caso, o hábito não significa as vestimentas do monge e sim todo o conjunto de disciplinas e práticas habituais que o monge se sujeita diariamente.

As associações que lhe moldam

Giuseppe Arcimboldo

 Um dos melhores conceitos que aprendi com os ensinamentos de Gurdjieff é sobre o conceito dos alimentos e os corpos. Cada um de nossos três corpos necessitam de um tipo diferente de alimento. O corpo físico do alimento físico, ou seja, comida e líquidos. Enquanto o segundo alimento é o ar. Não é o simples … Ler mais

Sobre nós e sobre a vida. 

Se você avaliar honestamente sua vida, irá notar que a quantidade de tempo gasto voltado para nós mesmos e nossa vida interior é insignificante. Porém, para essa avaliação fazer sentido é necessário saber distinguir o que é a vida interior da vida exterior. Caso contrário, alguém facilmente irá confundir suas interações com as incansáveis demandas de seus vários “eus” com a verdadeira vida interior. Essa distinção não é tão simples. Afinal, em nossa formação, escolarização e atividades diárias, quase tudo foi focado em externalidades. Fomos orientados para o conhecimento vindo de fora. Aprendemos a olhar apenas para fora de nós mesmos e a lidar com pessoas, coisas e circunstâncias externas. Mesmo nossas “orações” acabam sendo dirigidas para fora, para um Deus externo. Aprendemos muito pouco sobre voltar para nós mesmos. Por fim, isso acontece apenas brevemente e com longos intervalos.

Você está preparado para o choque ? – Parte 4

Não há muitos mistérios ou segredos para despertar um ser humano adormecido. Ao longo da vida todos adormecemos como parte do processo de crescimento. Acordar é antes de mais nada lembrar de si. E para isso, sabe o que todos nós sempre precisamos? Somente de um bom choque. Mas, por estarmos profundamente adormecidos, um choque não é suficiente. É necessário um longo período de choques contínuos. E esses choques devem vir de fora. Devem vir de fora da nossa psique. Acima de tudo, o ser humano deve ser colocado em condições para receber esses choques. Esses choques podem vir de outra pessoa ou das próprias condições em que a pessoa se submete. Contudo, esses choques devem ser repetidos pelo tempo necessário para despertá-lo.

Sua liberdade está além da imaginação – parte 2

Além da aparência externa, não há nada permanente. Tudo muda sem cessar. Não há um único centro controlador nem um eu permanente. Assim, o personagem que representa o homem na vida nada mais é do que uma construção artificial. Mais uma vez é bom lembrar que tudo isso é muito útil para a vida. São mecanismos vencedores do ponto de vista evolutivo. Além disso, funcionam relativamente de forma sadia dentro do coletivo. No entanto, é a falta de participação voluntária o grande gerador de desiquilíbrios. A grande maioria das pessoas não precisam de remédios psiquiátricos. Também é nisso que reside as grandes injustiças sociais. A solução para muitos desses problemas passa por aprender a regular nossas próprias máquinas.

Centro magnético, essência e personalidade – Parte 4

Imagem de Jason Gillman por Pixabay

Na vida comum, o centro de gravidade está na personalidade enquanto a essência dorme. Em um momento de consciência, essa polaridade interna é invertida. Assim, a personalidade fica de lado e o centro de gravidade está na essência que desperta. Isso permite que a essência descubra que para se expressar na vida tem à sua disposição um aparato completo na medida em que a personalidade se afrouxou. Em um momento de consciência, por mais breve que seja, restabelece-se a harmonia entre a essência e as funções, entre os centros e seus conteúdos, e entre a individualidade real e sua manifestação na vida.

Essência e personalidade, você sabe diferenciar?

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Estamos divididos em duas partes. Uma parte contém o que nascemos. Assim, contém a semente das qualidades que nos pertencem por direito. Nossas capacidades, nossas incapacidades e tudo o que nos foi dado como nosso. Dessa forma, chamamos isso de nossa “essência”. Outrossim, Gurdjieff utiliza esse conceito dentro de seu significado original. A essência, quase inteiramente potencial no nascimento, desenvolve-se até certo ponto. Depois, se torna o que também chamamos de “ser” do indivíduo. Seu ser interior, o núcleo de sua “individualidade”. Portanto, é o desenvolvimento de nosso ser real que ocorre na medida que desenvolvemos. Assim, a essência corresponde em grau à nossa experiência da realidade no mundo. Por esse fato, é quase inteiramente real. Porém, devemos ater ao fato que a essência ainda contém um potencial não realizado.

O centro sexual e a função criatividade

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O centro sexual traz muito mais sutileza, acuidade e velocidade às percepções sensoriais, impressões e funções. Isso ocorre graças à boa qualidade da energia que utiliza. Também é claro que a realização sexual que conduz à reprodução da vida é a realização culminante de toda a atividade orgânica do ser humano. Mas isso não exclui a possibilidade que essa mesma energia sexual, a mais fina e mais ativa das energias disponíveis a uma pessoa, somente sirva para a reprodução da vida orgânica. Do ponto de vista do desenvolvimento superior do ser humano, a energia sexual também serve para a realização de uma ordem de vida superior. Essa energia proporciona um novo nascimento, a abertura de um outro nível de vida. E isso só pode acontecer a partir de uma energia dessa qualidade. Contudo, de tudo o que há de energia “criativa” em uma pessoa.