Centros, memórias e associação

emos pequenos acumuladores de energia em nosso corpo. Esses acumuladores que nos permitem realizar as tarefas cotidianas de nossa vida. Tarefas que não exigem muito além de cumprir rotinas das quais nos submetemos. No entanto, é necessário acessar fontes maiores de energia para realizar algo especial, principalmente para trabalhar em você. E isso é possível porque também possuímos um grande acumulador de energia. A energia dos pequenos acumuladores não é suficiente para realizar seu crescimento interior e os esforços necessários de quem está comprometido com o caminho da evolução. Assim, devemos aprender a conectar diretamente com o grande acumulador nos nossos centros. Nos falta energia quando falhamos em realizar tal conexão. Por isso caímos em sono antes de produzir algum resultado duradouro.

Centros, acumuladores e energia

Imagem de Steve Buissinne por Pixabay

A energia primordial chega até nós pela ingestão de nossos alimentos. Então é separada para o propósito de assimilação em seus constituintes básicos. De outra forma, recebemos os elementos ativos, passivos e neutros. Essas energias são então distribuídas entre os três níveis: o orgânico, emocional superior e intelectual superior.

Porém, a grande maioria da humanidade vive quase exclusivamente no nível orgânico. Isso ocorre pela falta de interconexão entre os centros e pela ausência de conexão entre o nível orgânico e os níveis superiores. Portanto, somente um pequeno reflexo de sua verdadeira vida emocional e intelectual lhe é disponível.

Apenas sua parte orgânica, ou seja, seu corpo planetário (com seus níveis físico, emocional e mental) é capaz de receber a parcela da energia vital a que tem direito.

Os centros e suas funções

É mais difícil notar de onde saiu o pensamento, a emoção ou a ação instintiva. Assim como é difícil separar completamente uma função da outra. Mas isso não é o mais relevante inicialmente. O que mais interessa é capturar essas associações. Tais associações de pensamento-emoção-reação instinto revelam a nossa mecanicidade e a incapacidade de ser livre para agir. Ao mesmo tempo, são esses choques de realidade que nos impulsionam para a evolução. Afinal, a nossa verdade interior é revelada. Sem ilusões e fantasias.

Centros e o trabalho harmônico do homem

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Uma das particularidades de Gurdjieff é considerar que o ser humano não tem um cérebro e sim três. Além disso que temos vários outros centros que executam funções praticamente de forma autônoma e sem uma adequada relação harmônica entre eles. Para Gurdjieff somos mais do que máquinas. Somos máquinas desreguladas, desajustadas, onde um centro rouba a energia do outro e está por executar tarefas de outro centro sem a devida autoridade ou correta capacidade de atuar assim. É como se o secretário de um presidente decidisse em nome do presidente.

As influências que te dominam

Influências que nos afetam

O desenvolvimento humano é inextricavelmente moldado por uma miríade de influências. Desde o momento do nascimento, somos continuamente moldados por forças externas, sejam elas derivadas da sociedade, cultura, educação ou família. Estas influências, muitas vezes sutis e imperceptíveis, ditam não apenas nossas ações, mas também nossa percepção do mundo. Além disso, cada geração traz consigo novas perspectivas e paradigmas culturais que, por sua vez, influenciam nosso comportamento e pensamento.
No entanto, precisamos entender profundamente como essas influências impactam nossas vidas. Ao compreender e discernir essas influências, podemos não só nos proteger de manipulações externas, mas também direcionar essas energias de forma construtiva, acelerando nosso crescimento pessoal e espiritual.

O Legado de um Mestre

Este artigo, e possivelmente o próximo, reflete sobre a quem pertence o legado de um mestre. Podemos fazer essa pergunta a todas as grandes correntes filosóficas e espirituais. Afinal, todas elas se baseiam na ideia de que alguém, com habilidades especiais, conseguiu compreender o incompreensível, o místico e esotérico. Essas pessoas das quais chamamos de mestres são assim reconhecidas por terem possuídos a capacidade de iluminar a escuridão de nosso entendimento sobre o propósito da existência humana.
Afinal, muitos são os que não se satisfazem com simples explicações que o sentido de nossa existência se trata apenas de uma sequência de eventos causais. Ou ainda, da mera casualidade das forças físicas e químicas que assim originaram a vida. Ainda mais uma vida que persiste e insiste em evoluir. Portanto, a pergunta “por que estamos aqui?” definitivamente surgiu com as primeiras capacidades cognitivas que transformaram o ser humano em um ser de “três cérebros”. Em outras palavras, essa questão emerge com o despertar de nossa consciência.

A Arte Real e o Poço Iniciático

Arte Real e a Divina Comédia de Dante

O Poço Iniciático serve como um magnífico exemplo de uma estrutura repleta de simbolismo e arquétipos, destacando-se como um modelo primoroso de Legomonismo. Mas, o que isso realmente implica? Para decifrar esse mistério, precisamos mergulhar no funcionamento das antigas tradições iniciáticas. Essas tradições, conhecidas como “Arte Real”, oferecem um ponto de partida essencial para essa compreensão.

Mais que uma iniciação, o Poço é um grande palco onde se desenvolve a Arte Real. E é através dessa arte que se cria grandes impactos de transformação e psicológicos no iniciado.

Quarto Caminho ou quatro funções psicológicas?

Quarto caminho ou quatro funções psiquicas

Neste artigo, continuamos a explorar as ideias e teorias de dois grandes pensadores do século XX: Carl Gustav Jung e Georges Ivanovich Gurdjieff. Jung, um psiquiatra e psicólogo suíço, é mais conhecido por seus conceitos de arquétipos, inconsciente coletivo e tipologia psicológica. Gurdjieff, por outro lado, foi um místico e mestre espiritual russo-armênio, cujos ensinamentos tratavam principalmente do desenvolvimento do ser humano e da busca pela consciência superior. Embora suas teorias e abordagens possam parecer distintas, há pontos de convergência e divergência que valem a pena investigar. Nesta análise comparativa, continuamos a identificar e discutir as semelhanças e diferenças entre as propostas de Jung e Gurdjieff, oferecendo uma perspectiva única sobre as contribuições desses dois gigantes intelectuais no campo do desenvolvimento humano e da espiritualidade

Psicologia e espiritualidade na perspectiva de Carl Jung e Gurdjieff

Apesar de suas diferenças, Jung e Gurdjieff compartilhavam uma compreensão profunda da psique humana e sua relação com o mundo espiritual. Ambos acreditavam que a jornada espiritual era uma jornada interior, e que o autoconhecimento era fundamental para alcançar a iluminação. Mas entre Carl Jung e Gurdjieff, quem pode nos dar melhores respostas?

O ponto perfeito

Imagem de Merlin Lightpainting por Pixabay

Perfeição só pode ser percebida pelo julgamento de quem observa em um determinado momento. Portanto, algo notado como perfeito pode ser avaliado como imperfeito para uma diferente ocasião ou momento. Assim, o que é perfeito deixa de ser perfeito quando as circunstâncias são outras. Então, há uma efemeridade e um julgamento estético associado a perfeição. Contudo, do ponto de vista moral, o que é perfeito também pode evoluir para algo ainda melhor na medida que nossa compreensão do mundo também evolui.