É preciso ser o melhor para vencer

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O Ponto 3 no Eneagrama representa o ato heroico, o herói e heroína que realiza sua melhor versão a cada ciclo de suas oitavas pelo Eneagrama. Em outras palavras, ninguém consegue realizar nada em sua vida, principalmente em sua vida psicológica e espiritual, se não tiver dentro de si sua própria imagem de herói. Essa força não se identifica com o “status quo” de sua atual situação. Não se conforma ao sentimento de derrota. Ao contrário, fará o que for necessário para alterar o que precisar e vencer esse desafio. Sua força vem do desejo de vencer e conquistar o que não se tem neste momento: a sua própria alma.

Sou incompleto, e isso é ruim?

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Conforme caminhamos no raio da criação pelo Eneagrama, chegamos no abismo que separa o Ponto 5 do Ponto 4. Tal abismo é angustiante. Não há razão ou lógica que faça vencer tal obstáculo. Ainda mais, o que lhe traz ao fundo desse abismo é justamente a compreensão da atual realidade em que se vive. Em outras palavras, esse abismo, como diz Gurdjieff, é a compreensão do verdadeiro “terror da situação” do ser humano. Impossível tal terror não recair sobre aquele que percebe o tão distante estamos da Fonte de emanação Divina. O quão falso e mecânico é a vida orgânica. Uma simples máquina de repetir comportamentos. Contudo, há aqui uma importante mudança de polos: uma mudança do centro do pensamento para o centro emocional.

Saber é poder

Na nossa jornada pelo raio da criação pelo Eneagrama, encontramos no Ponto 6 o “perigo”, o risco de existir. Também a percepção de que somos responsáveis pelas escolhas que fazemos em nosso processo de cocriação. Haverá sempre riscos, incertezas e medos em todas as escolhas que fazemos. No entanto, o domínio do saber oferece segurança. Logo, quem domina o saber também possui poder. Assim, conhecimento torna-se um valor no universo. Portanto, esse é o tema do Ponto 5 do Eneagrama.

Perigo adiante!

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Viver é estar em constante perigo! Tudo que fazemos tem consequências. O mundo segue a lei da causa e consequências. Para cada ação haverá uma reação, de força igual e contrária. Mesmo quando trazemos a Força 3 para a equação, ou seja, quando buscamos a harmonia, ainda assim uma escolha foi feita. Da mesma forma, para cada escolha haverá uma renúncia de muitas outras escolhas. E como saber que fizemos as escolhas certas? Esse é o dilema do Ponto 6 do Eneagrama.

A grande força da Criatividade

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O Ponto 7 no Eneagrama, pela lei de três, deve reconciliar as tensões existentes entre o Ponto 9 (não existência) e o Ponto 8 (existência). Assim, o que pode trazer resolução para este conflito e tensão? Além disso, que resolva tal tensão mantendo o propósito e objetivo do raio da criação? A força que tem o poder de fazer isso é a força da criatividade. Somente a criatividade pode encontrar soluções fora do campo de tensões.

O hábito que faz o monge

auto sacrifício

Qualquer pessoa que inicia em uma atividade é um discípulo. A raiz dessa palavra tem o mesmo significado de disciplina. Também significa aprendiz. Ou seja, discípulo é aquele que se sujeita a um método de uma escola e de seus professores para aprender algo pela disciplina. Portanto, será o hábito que faz o monge. Nesse caso, o hábito não significa as vestimentas do monge e sim todo o conjunto de disciplinas e práticas habituais que o monge se sujeita diariamente.

Ao encontro de si

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Porém, volto antes na questão do porquê é tão difícil realizar a auto-observação. Existe um fato que talvez você já tenha percebido: é difícil lidar com o conceito do erro. Gurdjieff chama esse sentimento de remorso de consciência ou vergonha orgânica. A vergonha orgânica é um órgão por assim dizer. Em outras palavras, faz parte de uma função biológica que nos faz arrepender de ter feito algo uma vez que tomamos consciência do erro e do dano que tal ação ocasionou. Contudo, em um conceito evolucionista não existe erro e sim experimentação. Todavia, se você está sempre experimentando e não tem uma referência que lhe diz “opa, isso não foi nada legal”, você não tem como aprender com o que experimenta. Da mesma forma, a vida evolui à medida que aprende com o que experimenta.

Você conhece o seu balanço?

Balanço é algo que nos leva de um extremo ao outro, mas, sempre acha um ponto de equilíbrio. Assim, algo que tem balanço consegue mover e retornar ao seu próprio centro. Do mesmo modo, algo desbalanceado vai querer trazer tudo o que está ao seu redor para sua excentricidade. A vida na personalidade é uma vida sem balanço. Uma vida que precisa servir um ponto que está fora do seu centro. Algo que está em sua periferia. Portanto, algo excêntrico a você.

Comer ou ser comido, eis a questão

Se vamos digerir algo é porque comemos algo. Algo nos alimentou. Logo, algo se tornou alimento. Contudo esse algo foi antes de mais nada alimentado por outro. Assim, desde o princípio dos tempos, existe um processo de transformação e transferência das substâncias que vão formando novos corpos. Então, tudo vai ser transformando e aos poucos transmutando.
Mas todo processo de se alimentar representa um certo grau antropofagico. Mesmo um vegetariano está a se alimentar dos mesmos elementos que compõem o seu próprio corpo. Da mesma forma, como seres vivos necessitamos de alimentos que também possuem um certo grau de vida. Não podemos simplesmente comer minerais e tomar banho de luz. Temos de comer certos seres que já absorveram um determinado nível de transformação e transmutação.